Qua, 29 de janeiro de 2020, 10:42

Ação no Hospital Universitário terá foco em pessoas com suspeita de hanseníase
Campanha faz parte do cronograma do Janeiro Roxo

Janeiro foi o mês escolhido para marcar a luta contra a hanseníase, patologia antes conhecida como lepra. Neste mês, o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Hansenologia promovem o Janeiro Roxo, que é uma grande campanha para combater a doença. No período, os serviços de saúde se mobilizam em ações de conscientização e tratamento, visando atingir o maior número possível de pacientes.

No Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), a ação ocorrerá nesta quinta-feira, 30, das 8h às 12h, conforme relata a médica dermatologista Martha Débora Lira, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia em Sergipe (SBD-SE).

“Essa campanha, que tem foco educativo, está na sua terceira edição no HU. Nosso objetivo é diagnosticar a hanseníase, fazer palestras que expliquem o que é a doença, fazer com que as pessoas conheçam os sintomas e saibam como suspeitar da hanseníase, procurando também um médico para confirmação do diagnóstico”, explica Martha, que coordena a campanha no HU-UFS em parceria com a também dermatologista Ana Luíza Furtado.

Doença

Martha afirma que a hanseníase é contagiosa, mas é necessário que o contato com o paciente seja direto e prolongado para que haja a transmissão.

“Hoje o Brasil é o segundo país no mundo com a maior incidência, ficando atrás apenas da Índia. Infelizmente a hanseníase é uma doença que carrega um grande preconceito. Quando não existia tratamento, os pacientes ficavam com deformidades, a doença era conhecida como lepra. Hoje esse nome não é mais aceito. Nós queremos desmistificar isso, tirar esse preconceito, mostrar que é uma doença que tem tratamento e que tem cura”, ressalta a médica.

“No HU a campanha está voltada a todas as pessoas de Sergipe que tenham alguma mancha ou lesão na pele e que achem que a sensibilidade naqueles pontos não esteja normal. Geralmente é o paciente com dificuldade para perceber o quente e o frio; que tem dormência nas mãos e nos pés, que, por exemplo, a sandália sai do pé sem que ele perceba. São essas pessoas que devem comparecer ao HU amanhã, 30, onde receberão diagnóstico e orientação para tratamento”, resume Martha Débora.

Tratamento

A médica informa que os casos confirmados durante o evento serão encaminhados para tratamento, que poderá ser realizado no próprio HU, no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar), ou no posto de saúde mais próximo da casa do paciente. Ela reforça que só devem comparecer ao HU no dia 30 de janeiro aquelas pessoas que suspeitem de hanseníase. Outras doenças dermatológicas não serão abordadas neste dia.

A campanha, que tem participação de dermatologistas do HU-UFS e médicos residentes, é uma parceria entre o Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS), a Sociedade Brasileira de Dermatologia em Sergipe (SBD-SE) e a Secretaria de Estado da Saúde (SES). “Convidamos também estudantes da Liga de Dermatologia da UFS e outros dermatologistas voluntários para esse dia”, complementa Martha Débora.

Hanseníase

A hanseníase é uma doença crônica, transmissível, que se dá pelas vias aéreas superiores de uma pessoa doente, sem tratamento, para outra, após um contato próximo e prolongado, especialmente os de convivência domiciliar.

Tem predileção pela pele e nervos periféricos. O tratamento é feito por via oral com uma associação de antibióticos. Contudo, o seu diagnóstico deve ser precoce, a fim de minimizar os riscos da doença.

Sobre a Rede Hospitalar Ebserh

O Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU-UFS) faz parte da Rede Hospitalar Ebserh desde outubro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 40 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência.

Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas.

Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Hospitalar Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.

Andreza Azevedo

Núcleo de Comunicação Social do HU/Aracaju


Atualizado em: Qua, 29 de janeiro de 2020, 11:05
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