O Programa de Pós-Graduação em Ciência da Propriedade Intelectual da Universidade Federal de Sergipe (PPGPI/UFS) celebrou, na última sexta-feira, 26, o Dia Mundial da Propriedade Intelectual, com um evento que teve como tema “Mulheres na propriedade intelectual”. A atividade foi realizada na Didática 7 do Campus de São Cristóvão.

A celebração do Dia Mundial da PI aconteceu simultaneamente nos 198 países que fazem parte da organização internacional que visa proteger trabalhos voltados para propriedade intelectual. O dia foi escolhido baseado na data de criação da organização e tem como objetivo uma maior sensibilização sobre a proteção da propriedade intelectual, ampliar a relevância da proteção no planeta, estimular os países a divulgar as leis e normas de proteção, melhorar o conhecimento do público sobre a legislação que trata dos direitos, incentivar a atividades de invenção e inovação em diferentes países e o intercâmbio internacional na área.

Na UFS, o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Propriedade Intelectual, Mario Jorge Campos, destacou a importância de proteger o trabalho do autor.

“A propriedade intelectual prima pelas normas e artes produzidas pelo inventor. Uma música ou uma peça teatral são propriedades intelectuais, por exemplo. Só que essa propriedade intelectual tem que ser protegida para evitar de ser subtraída por um outro autor, um possível impostor e coisa desse tipo. Então, a propriedade intelectual trabalha nessa moralidade de preservar o trabalho do autor”, explica o coordenador.

O objetivo foi evidenciar o trabalho desenvolvido pelas mulheres e pesquisadoras. “Partiu da comissão organizadora a ideia de dar ênfase ao gênero feminino que trabalha a propriedade intelectual porque olhamos muito quem construiu, criou e inventou, mas lembramos do homem e esquecemos as mulheres que também trabalham essa parte da propriedade intelectual. Então, as mulheres estão sendo homenageadas pelo programa de pós-graduação e pela comissão organizadora pelo trabalho que elas realizam no dia a dia, na indústria, universidade ou na pesquisa, sobre a criação de produtos que vão servir à sociedade”, ressalta o professor.

O evento iniciou com a palestra da professora do Departamento de Engenharia Agronômica da UFS e presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão de Sergipe (Fapese), Renata Mann. Ela destacou a necessidade de falar sobre a PI na universidade e o papel exercido pelas mulheres.

“Nós também somos protagonistas e falar de propriedade intelectual é sempre relevante em qualquer lugar. Aqui na universidade, é essencial falarmos disso para que os alunos tenham ciência da importância da PI, já que está em todos os setores, então a nossa responsabilidade é trazer até os alunos esse conhecimento. Esse protagonismo é importante porque, ao longo da história, inúmeras mulheres são citadas e não são identificadas. Quando se vê apenas um sobrenome, não se tem ideia se é um homem ou uma mulher, e eventos como esse mostram que nós, mulheres, aqui na UFS temos esse protagonismo e que estamos trabalhando com propriedade intelectual, que é uma área muito importante”, afirma a professora.

A mestranda do PPGPI, Maria do Socorro Linhares, acompanhou as palestras e realçou o papel da PI e a influência da mulher nessa área.

“A presença das mulheres na propriedade intelectual, para mim, é crucial e é uma representação. A inclusão das mulheres traz perspectivas únicas, promove a igualdade de gênero e contribui para um ambiente mais inovador e inclusivo. Além disso, a participação das mulheres na propriedade intelectual pode inspirar e motivar outras mulheres a seguirem carreiras nesse campo. A PI é essencial para proteger as criações originais e incentivar a inovação, garantindo que os criadores sejam recompensados pelo seu trabalho e isso impulsiona o progresso econômico, promove a concorrência justa e preserva a diversidade cultural”, conta a estudante.

Marcela Sousa - bolsista

Letícia Nery - Ascom UFS